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COCOTA, ONDE ANDA VOCÊ?
No encontro que promovi dos companheiros da Eletrosul, alguns fatos singulares aconteceram. Durante noventa dias procurei companheiros por todo o país. Um dos companheiros localizados foi o Cocota, localizei-o em Brasília. Por muitas madrugadas conversamos, para que as ligações telefônicas ficassem com menor valor. Faltavam aproximadamente trinta dias para o encontro e o dito companheiro não foi mais localizado e não consegui mais falar com o mesmo. Para mim já era uma frustração não poder contar com a sua presença no encontro. Sabia eu que ele estava desempregado e em situação financeira nada fácil. Chegou o dia do nosso encontro, dia este com bonito sol e, a partir das 10h os companheiros começaram a chegar. Cada um que chegava não era reconhecido pelos que ali já estavam. O tempo transformou seus aspectos visuais tais como, cabelos grisalhos, calvície, alguns um pouco mais gordos, etc. Eram aproximadamente 10h30min quando entra um carro, como tantos outros, no pátio da sede campestre, local do nosso encontro. Alguém abre a porta do carro e dele desce uma pessoa barbuda, cabelos sem corte e com uma mala de garupa, ou seja, um saco branco na frente do corpo e outro atrás e ainda um guarda-chuva antigo com a ponta para cima. Esta pessoa deu uns passos para frente. O olhar dos companheiros era de interrogação, ninguém sabia quem era aquela pessoa, até que eu me desse conta quem era. Quando vi eu dei um grito. - Tu veio Cocota, tu veio! Para mim foi um dos momentos mais emocionantes, porque ele sem dinheiro para a viagem veio pedindo carona de Brasília a Tubarão, até chegar ao nosso encontro. Disse-me ele: - Esta oportunidade de ver os companheiros de trinta e cinco anos atrás eu não poderia perder. Isto é “VIDA”. http://br.geocities.com/valterschaffel/ Valter Jorge Schaffel
Enviado por Valter Jorge Schaffel em 18/12/2006
Alterado em 08/01/2007 Comentários
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