Valter Jorge Schaffel

O Poeta da Saudade

Textos

O QUENTÃO DE FURNAS

     No ano de 1972 após terminar um curso de treinamento para operação de usina hidrelétrica, chegou a hora dos estágios em várias usinas por todo o país. Coube-me estagiar em Furnas, Minas Gerais. O nosso estágio foi de seis meses de duração, o que deu para passearmos nas cidades próximas, ir em grupo para cachoeiras próximas, desfrutarmos do clube que esta usina dispunha para seus funcionários, olimpíada esportiva interna, etc. Entre tantas atividades que fazíamos parte uma foi a de participar de uma quermesse organizada pela usina. O nosso grupo era formado por mais de vinte jovens e aonde um ia quase todos iam juntos. Após ter visitado várias barracas da quermesse, fui convidado a tomar um quentão, pois a temperatura até convidava, o frio se fazia pouco, mas um quentão apetecia naquele momento. Fui a um guichê e comprei o tíquete que me daria o direito de retirar um quentão, fui para a fila que estava relativamente longa e aguardei tranqüilamente a minha vez de pegar o meu quentão. A fila andava muito devagar, mas chegou a minha vez e o espanto foi grande quando ao invés de sentir cheiro de vinho senti cheiro de cachaça, foi quando alguém me disse “aqui não se faz quentão de vinho e sim só de cachaça”, o vapor era grande, mas como sou gaúcho e no Rio Grande do Sul só se faz quentão de vinho, não aventurei tomar aquele quentão.
     Concluindo, vê-se como nosso país, com suas dimensões continentais, tem suas muitas variações de usos, costumes e culturas totalmente diferenciadas.

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Valter Jorge Schaffel
Enviado por Valter Jorge Schaffel em 05/11/2006
Alterado em 08/01/2007


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